Brincando na Escola

"Escola é o lugar onde se faz amigos. Não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima.(...) Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade(...)" Rubem Alves

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Aqui estou novamente, postando. Parece que faz tanto tempo desde a última vez em que estive atualizando o blog.
Não estava conseguindo acessar nosso cantinho, hoje finalmente consegui.
Vou explicar minha ausência. Desta vez não é falta de tempo, não. É que deu um probleminha em meu celular e ele teve que ir para o conserto. Já viu né? Sem celular, sem fotos. Sem atualizações.
Mas assim que der, retorno para as postagens.
Abraços a todos os nossos fãs.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

História em Quadrinhos






Reinações de Narizinho


A COSTUREIRA DAS FADAS

Depois do jantar o príncipe levou Narizinho à casa da melhor costureira do reino. Era uma aranha de Paris, que sabia fazer vestidos lindos, lindos até não poder mais! Ela mesma tecia a fazenda, ela mesma inventava as modas.
– Dona Aranha, disse o príncipe, quero que faça para esta ilustre dama o vestido mais bonito do mundo. Vou dar uma grande festa em sua honra e quero vê-la deslumbrar a corte.
Disse e retirou-se. Dona Aranha tomou da fita métrica e, ajudada por seis aranhinhas muito espertas, principiou a tomar as medidas. Depois teceu depressa, depressa, uma fazenda cor-de-rosa com estrelinhas douradas, a coisa mais linda que se possa imaginar. Teceu também peças de fitas e peças de renda e peças de entremeios – até carretéis de linha de seda fabricou.
– Que beleza! – ia exclamando a, menina, cada vez mais admirada dos prodígios da costureira. – Conheço muitas aranhas em casa de vovó, mas todas só sabem fazer teias de pegar moscas; nenhuma é capaz de fazer nem um paninho de avental...
– É que tenho mil anos de idade – explicou dona Aranha – e sou a costureira mais velha do mundo. Aprendi a fazer todas as coisas. Já trabalhei durante muito tempo no reino das fadas; fui quem fez o vestido de baile de Cinderela e quase todos os vestidos de casamento de quase todas as meninas que se casaram com príncipes encantados.
– E para Branca de Neve, também costurou?
– Como não? Pois foi justamente quando eu estava tecendo o véu de noiva de Branca que fiquei aleijada. A tesoura caiu-me sobre o pé esquerdo, rachando o osso aqui neste lugar. Fui tratada pelo doutor Caramujo, que é um médico muito bom. Sarei, embora ficasse manca pelo resto da vida.
– Acha que esse tal doutor Caramujo é capaz de curar uma boneca que nasceu muda? – perguntou a menina.
– Cura, sim. Ele tem umas pílulas que curam todas as doenças, exceto quando o doente morre.
Enquanto conversavam dona Aranha ia trabalhando no vestido.
– Está pronto, disse ela por fim. Vamos prová-lo.
Narizinho vestiu-se, indo ver-se ao espelho.
– Que beleza! – exclamou, batendo palmas. – Estou que nem um céu aberto!...
E estava mesmo linda. Linda, tão linda no seu vestido de teia cor-de-rosa com estrelinhas de ouro, que até o espelho arregalou os olhos de espanto.
Trazendo em seguida o seu cofre de jóias, dona Aranha pôs na cabeça da menina um diadema de orvalho, e braceletes de rubis do mar nos braços, e anéis de brilhantes do mar nos dedos, e fivelas de esmeraldas do mar nos sapatos, e uma grande rosa do mar no peito. Mais linda ainda ficou Narizinho, tão mais linda que o espelho arregalou um pouco mais os olhos, começando a abrir a boca.
– Pronto? – perguntou a menina, deslumbrada.
– Espere – respondeu Dona Aranha Costureira. Faltam os pós de borboleta.
E ordenou às suas seis filhinhas que trouxessem as caixas de pó de borboleta. Escolheu o mais conveniente, que era o famoso pó Furta-todas-as-Cores, de tanto brilho que parecia pó de céu-sem-nuvens misturado com pó de sol-que-acaba-de-nascer. Polvilhada com ele a menina ficou tal qual um sonho dourado! Linda, tão linda, tão mais, mais, mais linda, que o espelho foi arregalando ainda mais os olhos, mais, mais, até que – crac!... – rachou de alto a baixo em seis fragmentos!
Em vez de ficar danada com aquilo, como Narizinho esperava, dona Aranha pôs-se a dançar de alegria.
– Ora graças! – exclamou num suspiro de alívio. Chegou afinal o dia da minha libertação. Quando nasci uma fada rabugenta que detestava minha pobre mãe, virou-me em aranha, condenando-me a viver de costura a vida inteira. No mesmo instante, porém, uma fada boa surgiu e me deu esse espelho com estas palavras: "No dia em que fizeres o vestido mais lindo do mundo, deixarás de ser aranha e serás o que quiseres".
– Que bom! Aplaudiu Narizinho. – E no que vai a senhora virar?
– Não sei ainda, respondeu a aranha. – Tenho de consultar o príncipe.
– Sim, mas não vire em nada antes de fazer destes retalhos um vestido para a Emília. A pobrezinha não pode comparecer ao baile assim em fraldas de camisa como está.
– Agora é tarde, menina. O encantamento está quebrado; já não sou costureira. Mas minhas filhas poderão fazer o vestido da boneca. Não sairá grande coisa, porque não têm a minha prática, mas há de servir. Onde está a senhora Emília?
Narizinho não sabia. Depois que furtou os óculos da velha e saiu correndo, ninguém mais vira a boneca.
Dona Aranha voltou-se para as seis aranhinhas.
– Minhas filhas – disse ela, – o encanto está quebrado e logo estarei virada no que quiser. Vou, portanto, abandonar esta vida de costureira, deixando a vocês o meu lugar. O encantamento continua em vocês. Cada uma tem de conservar um pedaço do espelho e passar a vida costurando até que consiga um vestido que o faça rachar de admiração, como sucedeu ao espelho grande.
Nisto o príncipe apareceu. Narizinho contou-lhe toda a história, inclusive a atrapalhação da aranha quanto à escolha do que havia de ser.
O príncipe observou que seu reino estava com falta de sereias, sendo muito do seu agrado que ela virasse sereia.
– Nunca! – protestou Narizinho, que era de muito bons sentimentos. – Sereias são criaturas malvadas, cujo maior prazer é afundar navios. Antes vire princesa.
Houve grande discussão, sem que nada fosse decidido. Por fim a aranha resolveu não virar em coisa nenhuma.
– Acho melhor ficar no que sou. Assim, manca duma perna, se viro princesa ficarei sendo a Princesa Manca; se viro sereia, ficarei sendo a Sereia Manca – e todos caçoarão de mim. Além do mais, como já sou aranha há mil anos estou acostumadíssima.
E continuou aranha.
Sítio do Pica-Pau Amarelo
(Gilberto Gil)
Marmelada de banana, bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Boneca de pano é gente, sabugo de milho é gente
O sol nascente é tão belo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Rios de prata, pirata
Vôo sideral na mata, universo paralelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
No país da fantasia, num estado de euforia
Cidade polichinelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
O Sítio do Pica-Pau Amarelo

Um lugar muito bonito, com uma casa grande, antiga onde tudo é muito amplo, fresco e cheio de fantasias
Narizinho, Tia Nastácia, Pedrinho, Dona Benta, Visconde de Sabugosa e Emília são personagens que marcaram o mundo encantado das crianças e que ficaram na memória de cada um de nós, brasileiros apaixonados pela cultura popular.
Os olhos ainda brilham, o coração continua a bater forte e a imaginação vai longe, é assim que nos sentimos ao entrar no Museu Histórico e Pedagógico Monteiro Lobato, situado na cidade de Taubaté, no Vale do Paraíba.
A criatividade de Monteiro Lobato vai tramando uma série infinita de cenas e aventuras em que a realidade e a fantasia, tratadas por sua poderosa imaginação, se misturam de um modo pessoal e inconfundível.

O verde das árvores, o vento forte e as esculturas espalhadas pelo “quintal” da casa, recheada de história e fantasia contagiam a todos: crianças, jovens, professores, monitores e até mesmo aqueles que incorporam seus personagens.
A antiga casa, construída em taipa de pilão com painéis de pau-a-pique, fica numa típica chácara das chamadas “Cidades do Café”. Por tais motivos, é considerada patrimônio arquitetônico nacional, tombada pelo IPHAN e CONDEPHAAT, conta o personagem Visconde de Sabugosa (Alessandro Ferreira).
No local podemos passear pela biblioteca e encontrar toda a coleção de livros do escritor, uma exposição da vida e obra de Monteiro Lobato, contando sua trajetória de grandes momentos, marcados por uma rica obra dedicada tanto a adultos e principalmente crianças e também por vários empreendimentos e realizações.
Na cozinha da Tia Nastácia as crianças podem ouvir as histórias contadas pelos personagens... (Ops, fomos interrompidos pela sapeca boneca Emília e seu fiel escudeiro, Visconde de Sabugosa, eles vieram contar que depois vamos ao teatro). Então... conhecer um pouco dos utensílios usados na época, como o armário que existe há mais de 400 anos e era usado como geladeira. Ele foi feito de uma madeira gelada, a araucária. Pinheiros típicos das regiões frias da Mata Atlântica, podem ser encontrados na cidade de Campos do Jordão e no Sul do nosso país.

O “Sítio do Pica-Pau Amarelo” está localizado na Av. Monteiro Lobato, s/n – Chácara do Visconde na cidade de Taubaté – SP, CEP: 12050-730 (Próximo ao Relógio da CTI). De quarta a domingo são apresentadas duas peças teatrais diárias, às 10h e às 16h, voltadas ao público infantil, adaptações de obras clássicas encenadas pelos atores e monitores do Sítio.

Monteiro Lobato

Contista, ensaísta e tradutor, este grande nome da Literatura Brasileira nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, no ano de 1882. Formado em Direito, atuou como promotor público até se tornar fazendeiro, após receber herança deixada pelo avô. Diante de um novo estilo de vida, Lobato passou a publicar seus primeiros contos em jornais e revistas, sendo que, posteriormente, reuniu uma série deles em Urupês, obra prima deste famoso escritor.
Em uma época em que os livros brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa, Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a editar livros também no Brasil. Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didáticos e infantis.
Este notável escritor é bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde realidade e fantasia estão lado a lado. Pode-se dizer que ele foi o precursor da literatura infantil no Brasil.
Suas personagens mais conhecidas são: Emília, uma boneca de pano com sentimento e idéias independentes; Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde de Sabugosa, a sabia espiga de milho que tem atitudes de adulto, Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio,
Saci Pererê e outras personagens que fazem parte da inesquecível obra: O Sítio do Pica-Pau Amarelo, que até hoje encanta muitas crianças e adultos.
Escreveu ainda outras incríveis obras infantis, como: A Menina do Nariz Arrebitado, O Saci, Fábulas do Marquês de Rabicó, Aventuras do Príncipe, Noivado de Narizinho, O Pó de Pirlimpimpim, Reinações de Narizinho, As Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, O Pica-Pau Amarelo e A Chave do Tamanho.
Fora os livros infantis, este escritor brasileiro escreveu outras obras literárias, tais como: O Choque das Raças, Urupês, A Barca de Gleyre e o Escândalo do
Petróleo. Neste último livro, demonstra todo seu nacionalismo, posicionando-se totalmente favorável a exploração do petróleo apenas por empresas brasileiras.
No ano de 1948, o
Brasil perdeu este grande talento que tanto contribuiu com o desenvolvimento de nossa literatura.

Livro de Histórias


Era uma Vez uma Bruxa
LIA ZATZ

Era uma vez uma bruxa chamada Hildegarda que morava numa casa no meio da mata, cheia de morcegos, aranhas e ratos. A bruxa estava cheia de transformar príncipes em sapos gordos e velhos e resolveu viver novas e horrendas aventuras na cidade grande.

Reescrita da História